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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Wellington Macedo é alvo de mandado de busca pela PF em Sobral por ataque a democracia

Ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia. Defesa do blogueiro não foi localizada.

 

Wellington Macedo é alvo de mandado de busca pela PF em Sobral por ataque a democracia. Fonte: G1 Ce

Assessor do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), o blogueiro cearense Wellington Macedo de Souza foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (20). A ação investiga, além dele, o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) por incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

De acordo com o Diário Oficial da União, Wellington Macedo foi nomeado em 8 de fevereiro de 2019 para o cargo de assessor da Diretoria de Promoção e Fortalecimento dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MMFDH. O Portal da Transparência do Governo Federal aponta que ele continua na função e recebe salário de R$ 10.373,30.

Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a decisão, o blogueiro cearense está envolvido na incitação de ato violento e antidemocrático.

O G1 não localizou a defesa de Wellington Macedo, e as ligações para o telefone do assessor não foram atendidas.

Agentes da Polícia Federal (PF) foram a 29 endereços no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).

Os alvos são:

  • Sérgio Bavini (o cantor Sérgio Reis, no nome artístico);

  • Otoni Moura de Paulo Júnior, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ);

  • Alexandre Urbano Raitz Petersen;

  • Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil);

  • Bruno Henrique Semczeszm;

  • Eduardo Oliveira Araújo, cantor;

  • Juliano da Silva Martins;

  • Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé́ Trovão;

  • Turíbio Torres;

  • Wellington Macedo de Souza;

Após o vazamento de um áudio em que Sérgio Reis defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF, subprocuradores-gerais pediram à Procuradoria da República, no Distrito Federal, a abertura de investigação a respeito do caso.

Wellington Macedo também compartilhou, em redes sociais, o vídeo do cantor Sérgio Reis.

Wellington Macedo compartilhou em redes sociais vídeo de Sérgio Reis com divulgação de eventos antidemocráticos. — Foto: Reprodução

Em entrevista ao jornal "O Globo", o artista disse se arrepender de ter mandado o áudio para um amigo.

Segundo a decisão, "Sérgio Reis também aparece em vídeo divulgado por Wellington Macedo [...], cujo perfil no Instagram também convida cidadãos para o ato violento e antidemocrático", escreveu o ministro do STF Moraes. De acordo com a PGR, a ação de paralisação citada foi "amplamente divulgada por Wellington Macedo".

Em nota, a Polícia Federal afirmou que a operação tinha como objetivo “apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Moraes determinou que todos os investigados, à exceção de Otoni, não podem se aproximar da Praça dos Três Poderes.


A página na rede social Instagram do cearense é apontada pelo Ministério Público Federal por fazer divulgação de atos de ameaça às instituições. Foto: Reprodução/redes sociais

Contra o blogueiro o ministro também determinou que fosse aberto um inquérito solicitado pela PGR e expediu ofícios às redes sociais Instagram, Twitter, YouTube e Facebook para que os perfis sob titularidade de Wellington e dos demais investigados sejam bloqueados.

Portal Pacujá News 

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