Luís Alberto Rodrigues foi internado no dia 13 de maio, passou por complicações e foi liberado do hospital na manhã desta segunda-feira (15).
Tayna Alcântara e o pai, Luís Alberto. Ele recebeu alta nesta segunda-feira (15). Arquivo Pessoal. Fonte: G1 CE |
Depois de pouco mais de 30 dias convivendo com a Covid-19, Luís Alberto Rodrigues, de 65 anos, é um dos que podem afirmar ter vencido a doença no estado do Ceará. Ele recebeu alta hospitalar na manhã desta segunda-feira (15). A filha, Tayna Alcântara, faz questão de lembrar dos momentos delicados - que, agora, após a volta do pai para casa, são ressaltados por ela como "uma sucessão de vitórias".
A internação de Luís Alberto aconteceu no dia 13 de maio, cerca de sete semanas após o início dos sintomas. Na época, sentiu febre e cansaço, o que acendeu o alerta para procurar uma unidade de saúde. "Quando a gente chegou no hospital ele tava saturando em 91, segundo o atendimento, e voltou para casa. Nessa época, ele tava com 25% a 50% de comprometimento do pulmão. Mas logo depois voltamos por conta da piora na situação”, relata Tayna.
A partir deste momento, a caminhada do contador aposentado até a cura foi árdua. A entrada na UTI foi um dos momentos mais complicados. "Quando foi dia 15, ele foi pra UTI e passou dois dias sem ser entubado. Tiveram que fazer uma traqueostomia para ser entubado com urgência e nesse procedimento ainda teve uma parada cardíaca e depois um pneumotórax. No dia 25 de maio, depois de tudo isso, ele foi desenganado e começamos muitas orações para que ele conseguisse se recuperar", conta a filha. Somente depois disso, ele deu sinais de recuperação parcial e foi para o quarto, mas ainda em estado grave.
No total, foram 17 dias de internação no quarto, por onde Luís Alberto conseguiu passar de forma mais tranquila do que o esperado. Segundo Tayna, o procedimento de retirada do traqueóstomo, por exemplo, foi feito com surpresa pelo médico, já que o quadro suponha cuidados ainda mais intensos. "Meu pai já conseguiu quebrar os protocolos a partir daí. Hoje era para ele estar fazendo essa retirada e agora, na verdade, ele está aqui com a gente”.
Em casa
Antes mesmo de o pai ser internado, Tayna conta que todos que estavam na residência sentiram sintomas leves da Covid-19. "Começou tudo com minha mãe e minha filha pequena, que sentiu febre e falta de apetite. Eu gripei como se estivesse em uma crise de sinusite, mas perdi o olfato e paladar. Meu pai foi o último. Minha mãe, por exemplo, chegou a sentir o cansaço, mas graças a Deus conseguiu se curar dentro de casa", pontua.
Agora, ela conta ter restado imensa gratidão pela recuperação e por todos em casa estarem bem. "A gratidão a Deus é imensa. Quando os médicos me desenganaram do estado dele, foi a Deus que me apeguei. Você passa a ver que, nessa hora, apenas ele basta", diz. Tayna ainda compartilha a gratidão aos amigos, que participaram de uma "vaquinha" para custear o tratamento do aposentado.
Luís Alberto deve agora passar por um reforço da imunização, contando com os cuidados dos parentes próximos para chegar nesta nova fase. "Agora é vida normal aqui dentro de casa", celebra a filha.
Portal Pacujá News
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