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sábado, 11 de abril de 2020

Católicos celebram feriado confinados; vírus desacelera na Europa

A Sexta-feira da Paixão teve igrejas fechadas, e rituais exibidos pela internet e TV, enquanto a OMS pediu cautela na Europa por menor avanço da Covid-19.


Papa Francisco reza deitado no chão ao celebrar a Paixão de Cristo com a Basílica de São Pedro com portas fechadas devido à pandemia da Covid-19. (Foto: AFP) / (Matéria: Diário do Nordeste  )

O avanço do novo coronavírus desacelerou ao longo da última semana em alguns dos países europeus mais afetados, como Itália, Espanha, Alemanha e França, mas ganhou força de forma alarmante em outras partes, como na África, onde a Covid-19 está se espalhando para áreas rurais, informou o chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, nesta sexta, quando centenas de milhões de cristãos no mundo celebraram a Sexta-feira Santa confinados em suas casas, acompanhando pela primeira vez pela internet ou TV cerimônias solitárias, devido à pandemia, que superou o limite simbólico dos 100 mil mortos no Planeta.
Segundo Tedros, a ajuda à África precisa ser acelerada, embora os números de casos da doença no continente (12.699, até sexta) sejam relativamente pequenos. A Europa é o mais afetado (70.270 mortes e 857.822 infecções). A Oceania é o menos atingido (62 mortes e 7.386 doentes).
O chefe da OMS também advertiu para os riscos de uma retirada precipitada das restrições de confinamento impostas pelos países para conter a pandemia. Segundo Tedros, uma suspensão rápida demais do confinamento poderia levar a um nova onda mortal do vírus.
"Sei que alguns países já estão preparando a transição para abandonar as restrições de confinamento. Como todo o mundo, a OMS quer que as restrições sejam levantadas. Ao mesmo tempo, suspender as restrições muito rapidamente pode levar a um rebote mortal", advertiu o chefe da OMS, em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Paixão de Cristo
Enquanto os especialistas reforçam a importância das medidas de isolamento social para reduzir a espiral de contágios pelo mundo, no Vaticano, o papa Francisco, líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos, lembrou profissionais de saúde e religiosos que morreram para salvar vidas. "Os médicos, enfermeiros, enfermeiras, irmãs, padres" que morreram combatendo a pandemia de coronavírus "morreram no front como soldados que deram suas vidas por amor", disse o pontífice à emissora italiana Rai.
O pontífice estimou que esses homens e mulheres se juntaram à lista dos "crucificados na História". Ele falou por telefone em um programa dedicado à Sexta-feira Santa, que recorda a crucificação e a morte de Jesus Cristo.
"Sinto-me próximo do povo de Deus, especialmente daqueles que mais sofrem, das vítimas da pandemia, da dor do mundo", acrescentou o papa argentino. Mas ele também disse contemplar "a esperança, que não tira a dor, mas não decepciona".
À luz das tochas, Francisco celebrou uma Via Crúcis em formato reduzido na Praça de São Pedro, em Roma, acompanhado por um grupo de cinco prisioneiros de uma prisão de Pádua e de um grupo de cinco médicos e enfermeiros do Vaticano. Desde 1964, a Via Crúcis na presença do papa acontece com milhares de fiéis ao redor do anfiteatro romano do Coliseu, iluminado.
Vacinas
Nos laboratórios científicos, a corrida para descobrir a imunização do vírus mortal está acelerada. Um balanço divulgado pela revista especializada "Nature" contabiliza 115 vacinas candidatas contra a Covid-19, das quais cinco estão em fase de ensaios clínicos (testes em pessoas).
O balanço foi feito com base em dados recolhidos pela Coligação para a Inovação na Preparação contra Epidemias (CEPI, na sigla em inglês), criada em 2017 para incentivar e acelerar o desenvolvimento de vacinas contra doenças infecciosas emergentes e torná-las acessíveis às pessoas durante os surtos. Das 115 vacinas candidatas, 37 não foram confirmadas como estando em situação ativa por falta de informação disponível.

Portal Pacujá News

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