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domingo, 5 de janeiro de 2020

Bolsonaro chama cearense de "cabeçudo" e diz que pretende visitar Crateús

Fala ocorreu durante transmissão ao vivo no Facebook do presidente Jair Bolsonaro durante o I Encontro Cearense de Apoiadores do Aliança pelo Brasil.

(Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil) (Matéria: O Povo Online)

O presidente Jair Bolsonaro participou do I Encontro Cearense de Apoiadores do Aliança pelo Brasil, que ocorre neste sábado, 4, por meio de live no Facebook. Na transmissão, o presidente afirmou que deseja conhecer a cidade cearense de Crateús com sua filha e chegou a afirmar que no Ceará "todo mundo é cabeçudo". O evento ocorre no Hotel Praia Centro, na Praia de Iracema,reunindo políticos e outros apoiadores pelo partido criado por Bolsonaro.


No ao vivo, o presidente também comentou sobre a segurança pública do Estado e afirmou que falou com o governador Camilo Santana (PT) sobre a questão em uma conversa “tranquila”.
“Tivemos uma crise no Ceará”, afirmou o presidente, no ao vivo. Em janeiro de 2019, o Estado passou por um problema de segurança pública quando uma série de ataques criminosos ocorreram em represália a mudanças no sistema penitenciário. Depois, em setembro, mais veículos e lojas foram incendiados. Sobre a segurança, Bolsonaro afirma que teve conversas “tranquilas” e “muito boas” com o governador Camilo Santana (PT).
Após participação em encontro, o presidente aproveitou a live para se defender de críticas por não ter vetado a criação da figura do juiz de garantias. Jair Bolsonaro afirmou que a novidade não vai "causar problema" nem prejudicar investigações. "Sou vidraça, decisões que eu tomo as vezes desagradam pessoas", comentou, citando comentários de seguidores que o acusaram de tentar proteger o filho, Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), de investigação que é alvo.
"Eu tive dificuldade em entender o juiz de garantia", continuou o presidente, explicando que foi assessorado para entender a medida. "Veio o juiz de garantias, ouvi muita gente, e resolvi não atender alguns pedidos. Isso já existe no Brasil sem esse nome técnico, são as centrais de inquérito. Até na Lava Jato não foi só o (Sergio) Moro que trabalhou", disse. O ministro da Justiça, Sergio Moro, é contra a novidade e aconselhou o presidente a vetar o dispositivo.
Bolsonaro também aproveitou o assunto para destacar um veto da nova legislação, relativo ao aumento da pena para crimes cometidos nas redes sociais. O Congresso havia determinado que, nesses casos, a punição seria três vezes maior para cada tipo de ato. Para Bolsonaro, se o veto for derrubado, será um "grande passo para a censura na internet".

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