Além de Pedro Eugênio Leite Araújo e Celso Luiz Grillo de Lucca, mais quatro pessoas foram detidas, uma em General Sampaio e três em São Paulo.
O juiz responsável pela decretação da prisão preventiva disse há comprovada "periculosidade dos agentes".
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Os gerentes do Banco do Brasil Pedro Eugênio Leite Araújo e Celso Luiz Grillo de Lucca tiveram suas prisões preventivasdecretadas pela Justiça, nesta segunda-feira (2). Eles cumpriam prisões temporárias desde a última quinta-feira (29), mas o juiz Caio Lima Barroso, da Vara Única da Comarca de Pentecoste, no interior do Ceará, decretou a conversão após pedido do promotor Jairo Pequeno, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).
Os gerentes Pedro Eugênio e Celso Luiz, responsáveis, respectivamente, pelas unidades do banco nas cidades de General Sampaio e Tejuçuoca, são suspeitos de integrar organização criminosa interestadual, cuja ação desviou R$ 59.998.765,55 da instituição financeira. Eles disseram ter sido sequestrados e obrigados a realizar as transações bancárias, contudo a polícia argumentou que a declaração "não se sustenta".
De acordo com o magistrado, "em face do exposto, forçoso é reconhecer a adequação, a utilidade e a necessidade da prisão cautelar preventiva requerida". Para justificar a conversão, o juiz ressaltou a necessidade da garantia da ordem pública, a materialidade das provas adquiridas pela polícia e os indícios de autoria.
Caio Lima Barroso pontuou que há comprovada "periculosidade dos agentes", já que o golpe teria sido praticado por pessoas em diversos estados, com tarefas distintas, e em razão do elevado valor transferido pela quadrilha.
Quando o caso foi descoberto, o Banco do Brasil, em nota, informou que a conduta dos funcionários está sendo analisada sob aspecto disciplinar. "De acordo com as normas internas, as soluções administrativas passíveis de aplicação vão desde a advertência e suspensão até destituição do cargo, demissão sem justa causa e demissão por justa causa", escreveu o órgão.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos gerentes investigados pelas transações ilícitas.
O caso
Dois homens e uma mulher foram detidos no último dia 23, na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, enquanto faziam operações financeiras. Na ocasião, foi verificado que um dos presos havia recebido em sua conta o valor desviado. O dinheiro, segundo as investigações, teria sido transferido por meio de aviso de crédito feito pelos gerentes.
No mesmo dia, no interior da agência do banco na cidade de General Sampaio, foi preso Jeferson Alves Ferreira. Com o andamento das investigações, Jeferson revelou a participação de Pedro Eugênio Leite Araújo e Celso Luiz Grillo de Lucca no esquema criminoso. Na decisão desta segunda (2), o juiz afirma que a prisão preventiva de Jeferson Alves também já havia sido decretada.
Confrontados sobre suas participações na liberação dos valores, os bancários afirmaram que teriam sido sequestrados e estavam agindo sob ameaça. De acordo com a Polícia Civil, os gerentes alegaram que foram coagidos, durante três dias, a realizarem a transação financeira.
Segundo a polícia, no período de tempo em que os gerentes alegaram estar sob poder dos sequestradores, imagens de câmeras de segurança mostram que, na verdade, eles estavam em um hotel. Ainda de acordo com as investigações, para movimentar a alta quantia financeira, o grupo necessitava da assinatura digital dos dois gerentes.
Fonte: Diário do Nordeste
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