Mesmo com a demissão, Rodrigo atendeu aos pacientes em espera na calçada próximo ao hospital com uma mesa e cadeira de plásticos.
Médico em atendimento aos pacientes na calçada em frente ao hospital. Foto: Reprodução/Facebook.
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O médico clínico-geral e de saúde da família Rodrigo Ferreira
Gomes, 31 anos, conhecido pela população como Dr. Rodrigo, descobriu ter
sido demitido sem aviso prévio ao chegar na manhã desta quinta-feira,
25, para mais um dia de trabalho no Hospital Maternidade João Ferreira
Gomes, no bairro Padre Lima, em Itapajé (a 128,9 quilômetros de
Fortaleza).
Mesmo após o ocorrido, Dr. Rodrigo, em
respeito aos pacientes e em gesto de protesto, prestou atendimento na
calçada com uma mesa e cadeira de plástico, do lado de fora do Hospital
Municipal de Itapajé, de acordo com portal Cn7. Segundo relato de
morador de Itapajé que prefere não se identificar, a demissão ocorreu
com a mudança da direção clínica da unidade hospitalar. Diante do
ocorrido, a população não aceitou a decisão tomada pela nova gestão do
Hospital e pede o retorno das atividades profissionais do médico.
“Quando
ele chegou ao hospital hoje pela manhã, um pouco atrasado, já havia
médicos de uma cooperativa substituindo ele e outro médico, que foi
retirado da função de direção clínica devido à questões políticas, por
não apoiar o candidato do prefeito. O Dr. Rodrigo foi informado pela
direção que estava exonerado”, disse o morador que pediu que sua
identidade fosse preservada.
“A gestão está
querendo justificar a minha retirada porque teve um dia, duas semanas
atrás, que não tinha médico para atendimento durante uma manhã inteira,
pois eu estava viajando. Eu avisei com um mês de antecedência sobre essa
viagem e tenho os documentos que comprovam isso. Era obrigação deles
fazer uma substituição. Foi falta de responsabilidade deles e querem
responsabilizar a gente”, argumenta Dr. Rodrigo.
Caso
algum profissional tenha necessidade de faltar ao plantão, conforme
descreve Dr. Rodrigo, “o Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que é
responsabilidade do diretor clínico fazer a substituição, até 24 horas
antes do plantão”. O médico já trabalhava no hospital há seis anos e
tinha as quintas-feiras como dia fixo para atender aos pacientes
naturais da cidade. “Meus pacientes estavam me esperando e eu avisei
para eles que tinham me demitido, mas que aguardassem pois eu ia atender
a todos. Voltei em casa e peguei uma mesa e cadeira", contou.
“Eu
me sinto indignado pela falta de respeito porque como já havia boatos
de bodes expiatórios, eles deviam ter avisado com antecedência. Eles
colocaram outro médico lá, que disse ter sido escalado para o plantão”,
completou. Rodrigo disse que o diretor administrativo do hospital não
soube informar o motivo do outro profissional ter sido chamado para
substituí-lo.
Até a publicação desta matéria, O POVO Online não conseguiu entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Itapajé e a Secretaria de Saúde da Cidade.
Fonte: O Povo Online/ LARISSA CARVALHO
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