Descongestionantes nasais são comuns entre quem sofre de
problemas respiratórios ou está com o nariz entupido por conta de uma
gripe ou alguma alergia. Apesar de facilitar a passagem do ar e
desobstruir as narinas, o uso indiscriminado destes remédios vicia e
traz consequências para a saúde. É o explica ao portal Vix Arnaldo
Tamiso, otorrinolaringologista do Centro de Assistência Toxicológica
(Ceatox) do Hospital das Clínicas da cidade de São Paulo.
Os
problemas decorrentes do uso de Sorine ou Neosoro, por exemplo, estão
no terceiro lugar da lista de problemas causados por efeitos colaterais e
uso incorreto de remédios. “É possível tornar-se dependente do uso de
todos os descongestionantes, sem exceção”, frisa Tamiso.
Após
algum tempo de uso, o produto perde o efeito no corpo e o nariz vai
voltando a ficar entupido, fazendo com que a pessoa use com mais
frequência. “O nariz passa a funcionar só com o medicamento, podendo
evoluir para um quadro que é revertido apenas com cirurgia”, afirma o
médico.
Ao usar excessivamente estes
medicamentos, é possível desenvolver uma doença chamada rinite
medicamentosa, condição que potencializa a irritação do nariz. Quem
exagera também pode sofrer com taquicardia e hipertensão.
Como curar o vício
Caso
a utilização seja por um período extenso, é difícil sair do vício sem
medicação e acompanhamento. “O corpo consegue eliminar o
descongestionante se o uso do medicamento não for extenso [o limite são 5
dias de aplicação]. Se for muito longo, os problemas podem se tornar
crônicos", pondera o especialista ao site Vix.
Arnaldo
Tamiso alerta que existem alternativas aos descongestionantes nasais.
Soro fisiológico é solução quando os problemas forem resfriados e
sinusites. Lesões mais sérias devem ser tratadas com médicos.
Fonte: Redação O POVO Online
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