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terça-feira, 18 de julho de 2017

OS “ANJINHOS DO INHARIM”, por Paulo de Tasso Marques de Paiva



Dois demônios, dois brutos, dois desgraçados infames e malditos que tiraram à vida de duas crianças, humildes, puras e inocentes. 
Pergunto, e agora... quem confortará a dor e o sofrimento dessa mãe e desse pai que com tantas dificuldades conseguiam criá-los? 

O que acontecerá com esses dois malditos? Presos já foram, irão para um presídio qualquer, terão alimentação paga por nós, dormirão e viverão protegidos pelo Estado e muito provavelmente, brevemente estarão nas ruas, beneficiados por alguma brecha na lei... que lei? 

A vida seguirá, a sociedade agora ainda traumatizada, logo esquecerá, esquecerá, pois, logo, logo outra tragédia maior virá e passará por cima dessa anterior. E o Brasil segue. 

A sociedade se acostuma rápido com as tragédias que caem sobre ela, sem reclamar ou cobrar melhorias. Não existe lugar melhor no mundo que o Brasil pra quem o administra, pois ninguém cobra a rua escura, o posto médico sem remédios e sem médico, a lama que corre a céu aberto, a polícia pouca e sem meios, a escola ruim que não ensina, o lixo nas ruas transmitindo doenças e enfeiando tudo... e os meninos do Inharim, serão anjinhos que partiram cedo, sonhos destruídos, vidas covardemente ceifadas. 

Penso no desespero e na dor que sentiram. Tenho 32 anos nessa vida e sinceramente a cada crime, a cada brutalidade, penso e reflito junto ao meu Santo Deus, aonde vamos parar? Por que temos que viver assim? Por que somos tão maltratados? Por que uma terra tão linda e repleta de recursos naturais, não nos trás paz, luz, vida plena. Que Deus tenha piedade desse País, pois esperar dos homens, tem se mostrado que é esperar em vão.
 
 
 
Fonte: Ibiapaba 24 horas

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