A professora diz ter simulado o crime por não receber atenção dos familiares. A polícia encontrou a mesma no suposto local do crime, e a prendeu.
Nas imagens a mulher aparece amordaçada, as fotos foram enviadas aos familiares por mensagens de WahtsApp. (Reprodução/Facebook/Arquivo Pessoa |
Na noite desta última quarta-feira (10), a polícia prendeu
uma professora que teria simulado o próprio sequestro para chamar a
atenção da família. O crime aconteceu em Sobral no Ceará, e assustou os
parentes que estavam desesperados por notícias. A mulher foi
identificada como Daiane Souza Silva, de 23 anos, que trabalha como
professora em uma escola da rede municipal de ensino.
Segundo
informações dos investigadores, ela teria saído de casa na manhã da
última terça-feira (09) e disse à irmã que iria para a casa do namorado.
No entanto, algumas horas depois já no final da tarde, os familiares
começaram a receber mensagens de WhatsApp com fotos de Daiane
amordaçada.
Juntamente com as imagens, a irmã também recebeu áudios onde
o suposto sequestrador ameaçava a professora de morte e exigia um
resgate no valor de dois mil reais.
Tanto o namorado,
quanto a irmã ficaram desesperados e começaram a contatar outros
parentes sobre o possível sumiço da jovem. A mãe de Daiane, que mora em
outra cidade só não se deslocou para o local, porque ficou cuidado da
filha da professora que tem apenas 3 anos de idade. A irmã da jovem
procurou a polícia somente no dia seguinte, e mostrou aos agentes as
fotos e o áudio.
Segundo o delegado que agora comanda o
inquérito, desde o princípio a história parecia estranha. Isso porque a
voz nos áudios que foram enviados, não parecia de um criminoso real. Nas
gravações o suposto sequestrador usava muitas gírias que não eram
compatíveis com o mundo do crime, fato que levantou a suspeita de que
poderia ser um evento forjado.
Enquanto a polícia tentava entender
e localizar a jovem, o namorado começou a mobilizar pessoas para poder
ajudar a pagar o suposto resgate. Muitas professoras que trabalham na
mesma escola que Daiane se dispuseram a doar o dinheiro necessário para o
resgate. O que todos não podiam imaginar é que na verdade o crime nunca
tinha acontecido.
Os investigadores foram atrás de
conhecidos da moça para poder tentar elucidar onde as fotos do possível
‘cativeiro’ haviam sido tiradas. Um dos colegas de Daiane acabou
reconhecendo a casa onde a imagem foi feita através de uma geladeira que
aparece no fundo das fotos. Foi então que a polícia compareceu até o
local e encontrou a professora tranquila conversando com o dono da
residência que foi identificado como Michel Platini Farias Rodrigues.
Não havia nenhum sinal de que um crime
pudesse ter acontecido. Tanto a mulher, quanto o dono da casa foram
presos e encaminhados até a delegacia. Assim que os familiares souberam
que nada tinha acontecido ficaram revoltados, o namorado da jovem não
quis falar com ela.
Em depoimento a professora disse que
teria feito tudo porque a família não lhe dava atenção. Segundo o
delegado ela pode sofrer de algum transtorno mental. Ela será indiciada
pelo crime de extorsão qualificada e se condenada poderá pegar até dez
anos em regime fechado.
Foto: Internet |
Fonte:News365
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