Além
da alta concentração de açúcar, o que implica em maiores números de
obesidade em todo o mundo, a bebida também é mais ácida que o sangue.
Chega
o fim de semana, aquelas pessoas que seguem uma alimentação regrada
entre segunda e sexta-feira se dão a liberdade de consumir aqueles
produtos proibidos. O refrigerante está nesta lista, mas se engana quem
pensa que o maior problema da bebida é o açúcar, responsável pelo
aumento assustador da obesidade em todo o mundo. Segundo o cientista
alimentar Tiago Rocha, independentemente de marca, o produto é também
cancerígeno.
Pior
ainda para quem consome a bebida regularmente. Tiago conta que o
refrigerante chega a ser cem mil vezes mais ácido que o sangue, e o
problema está aí. Além disso, segundo o Inca (Instituto Nacional do
Câncer), grande parte destas bebidas contêm a substância 4-MI
(4-metil-imidazol), classificada como possivelmente cancerígena pela
Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial da
Saúde.
O
composto estaria presente no corante caramelo, que é utilizado em
muitas destas bebidas açucaradas. De acordo com estudo feito pelo Centro
de Pesquisa em Saúde Publica dos Estados Unidos, a maior concentração
de 4-MI em uma lata em 355 ml foi encontrada no Brasil. A análise
também avaliou o produto vendido no Canadá, China, Emirados Árabes
Unidos, Estados Unidos, México e Reino Unido.
“Se
eu fosse você, nunca mais tomaria refrigerante. É realmente muito
ácido, cancerígeno e não é saudável. Quem toma está correndo riso de
vida”, afirmou o cientista, que também condena alimentos como a pipoca
de microondas, a batata frita, a margarina, o óleo de soja e o leite de
caixinha.
Luta contra bebidas açucaradas
Se
há alguns anos o combate a bebidas açucaradas já é uma pauta das
autoridades em saúde pública, o debate ficou ainda maior no ano passado,
quando a OMS sugeriu o aumento dos tributos em cima do produto . O
objetivo é diminuir os índices de obesidade, diabetes tipo 2 e cáries
dentárias.
“A
diminuição do consumo de bebidas açucaradas significa uma menor
ingestão de “açúcares livres” e calorias no geral, uma melhor nutrição e
menos pessoas sofrendo com sobrepeso, obesidade, diabetes e cárie
dentária”, divulgou a organização. Outro ponto a se considerar é que a
obesidade também eleva o risco de câncer.
No
último dia 14, o Ministério da Saúde divulgou metas para frear o
crescimento da obesidade no Brasil. Até 2019, três metas principais
deverão ser cumpridas: inserção de políticas intersetoriais de saúde e
segurança alimentar e nutricional, redução do consumo regular de
refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta e
ampliação, em no mínimo de 17,8%, do percentual de adultos que consomem
frutas e hortaliças regularmente até 2019. Vendo a família se alimentar
melhor, as crianças também podem se beneficiar.
Via:Sobral24horas
Fonte: saúde ig
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